segunda-feira, 12 de julho de 2010

Trajetória do Canal do Sertão alagoano

De Delmiro Gouveia à Arapicara. Este é o trajeto que será percorrido pelas águas do Canal do Sertão. Atualmente o projeto está orçado em mais de 600 milhões de reais, a promessa é levar água potável para aproximadamente um milhão de pessoas em 42 municipios, ao longo dos 250 km de percurso. O sertanejos serão beneficiados com apenas 6 mil hectares.


Quem são os verdadeiros beneficiados com o Canal do Sertão?

Discutir assuntos como, a construção de canais para conduzir água de um rio e transposição de um rio, sempre gera muita polêmica. Para aqueles que acham que o Canal do Sertão alagoano é o primeiro a utilizar água do São Francisco, engana-se. Este evento já está sendo vivenciado nos estado da Bahia e Pernambuco. Segundo o Relatório de denuncias ambientais publicado no Portal Ecodebate, as águas do Canal do Sertão baiano estariam beneficiando grandes produtores de cana de açúcar, com ênfase no segmento do biocombustíveis (Veja mais aqui).

Segundo o diz o Portal do Ministério da Integração Nacional (AQUI), tais projetos visam solucionar problemas de abastecimento humano, e ajudar o pequeno produtor rural. Mais afinal quem será de fato beneficiado? Pessoas que estão passando sede, pequenos produtores ou megaempresários da indústria canavieira?

QUEM SERÁ BENEFICIADO COM A CONCRETIZAÇÃO DO CANAL DO SERTÃO?

QUEM SERÁ BENEFICIADO COM A CONCRETIZAÇÃO DO CANAL DO SERTÃO?

Segundo o MST (movimento dos trabalhadores sem terra) o canal do sertão se apresenta como uma obra faraônica que veio resolver os problemas da população, quando na prática vão consolidar o poder econômico de elites locais, (ver a reportagem AQUI).
De acordo com o coordenador do canal do sertão Ricardo Aragão, o canal do sertão quando concluído beneficiara cerca de 900 mil pessoas (ver em AQUI)
Tire suas conclusões e deixe seu comentário!

sábado, 10 de julho de 2010

Canal do Sertão versus sustentabilidade

Segundo o promotor de Justiça Alberto Fonsceca, “[...] O governo de Alagoas atinge, com a obra do Canal do Sertão, o princípio de desenvolvimento sustentável observando o tripé da sustentabilidade que é uma obra viável economicamente, sem grande prejuízo ambiental e que faz justiça social”, (ver reportagem em http://www.ima.al.gov.br/noticias/instituto-do-meio-ambiente-apresenta-canal-do-sertao-ao-ministerio-publico/).

De acordo com Gilson Batista de Oliveira, “A idéia de desenvolvimento sustentável está focada na necessidade de promover o desenvolvimento econômico satisfazendo os interesses da geração presente, sem, contudo, comprometer a geração futura” (2002 p.42) (Download do PDF (Uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento*), 1ºlink)

Diante de tal afirmação, fica a questão: Será que as águas do Canal do Sertão poderão de fato resolver os problemas de abastecimento, desenvolver a agropecuária e alcançar a sustentabilidade? Comentem!

Referência Bibliográfica

OLIVEIRA, G. B.. Uma discussão sobre o conceito de desenvolvimento. In: Oliveira, Gilson Batista de; Souza-Lima, José Edmilson de. (Org.). O desenvolvimento sustentável em foco: uma contribuição multidisciplinar. 1ª ed. São Paulo: Annablume, 2006, v. , p. 15-30.

Rápidas

Segundo a reportagem publicada no Portal de Alagoas o Canal do Sertão empregará até a sua conclusão, mais de 2 mil pessoas. Resta saber o que acontecerá com elas após o término da obra? Será que voltarão a ficar desempregadas?

Leia a reportagem em http://www.trabalho.al.gov.br/noticias/canal-do-sertao-gera-700-empregos-diretos-em-alagoas

Comentem!


terça-feira, 6 de julho de 2010

Canal do sertão ou do agreste?

O investimento que governo federal anunciou inicialmente no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) cerca de 1,3 bilhões de reais para o canal do sertão é apenas a primeira parte da obra. Apesar de ser chamado de Canal do Sertão este projeto vai favorecer principalmente o agreste com cerca de vinte mil hectares de área irrigada, enquanto o sertão ficara apenas com seis mil hectares. A maior parte das terras irrigadas ficará em trono ou nas proximidades do município de Arapiraca. A água para consumo humano vai atender a cerca de um milhão de alagoanos sendo 30 % sertanejos. No sertão, boa parte das terras são impróprias para a agricultura irrigada, as terras do sertão são conhecidas como “terras raras”. O governo estadual está tentando atrair para a região do sertão um frigorífico para o abatimento de caprinos e ovinos, a fim de potencializar o aproveitamento do projeto de irrigação.

Fonte: Lúcio Vaz - Correio Braziliense, Terça - feira 09 de junho de 2009